domingo, 13 de outubro de 2013

Manuel Bandeira, Estrela da Vida Inteira, O Anel de Vidro; BH, 01301002013.

Aquele pequenino anel que tu me deste,
 - Ai de mim - era vidro e logo se quebrou...
Asim também o eterno amor que prometeste,
 - Eterno! era bem pouco e cedo se acabou.

Frágil penhor que foi do amor que me tiveste,
Símbolo da afeição que o tempo aniquilou -
Aquele pequenino anel que tu me deste,
 - Ai de mim - era vidro e logo se quebrou...

Não me turbou, porém, o despeito que investe
Gritando maldições contra aquilo que amou.
De ti conservo na alma a saudade celeste...
Como também guardei o pó que me ficou
Daquele pequenino anel que tu me deste...

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