Uma ponte cortada ao meio
Estar na beira do andaime estar
Na ponta de um guindaste
No alto desta ponte cortada ao meio
Desta ponte que um dia quem sabe
Ligaria duas montanhas uma ponte
Sobre o vale desdobrado em tons de verde
Penso que estar na beira do andaime é
Permitir lembranças que nos suspendem nos lançam
Imagens que insistem e um cheiro imperceptível no ar
Sempre uma ponte que se constrói sobre
Um vale temporal infinito
Infinitamente desdobrável em tons de verdes e então
O que se passa é a construção de uma ponte
Que muitas vezes não se conclui e fica como esta
Cortada ao meio uma ponta para cada lado
Como dois braços que se esticam ao máximo
Um em direção ao outro
Um apoiado em cada lado do grande vale
Sem conseguir se tocar
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