sábado, 12 de outubro de 2013

Mário Quintana, Baú de Espantos, Soneto Azul, BH, 01201002013.

Quando desperto mansamente agora
É toda um sonho azul minha janela
E nela ficam presos estes olhos
Amando-te no céu que faz lá fora.

Tu me sorris em tudo, misteriosa...
E a rua que - tal como outrora - desço,
A velha rua, eu mal a reconheço
Em sua graça de menina-moça...

Riso na boca e vento no cabelo,
Delas vem vindo um bando... e ao vê-lo
Por um acaso olha-me a mais bela.

Sabes, eu amo-te a perder de vista...
E bebo então, com uma saudade louca,
Teu grande olhar azul nos olhos dela.

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