sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Teimarei nadarei contra a corrente; BH, 022082013; Publicado: BH, 01º0102016.

Teimarei nadarei contra a corrente
Não importa ousarei irei contra o
Vento sei que o vento abre passagens
Nas rochas esperarei o dia certo
Uma dessas passagens se abrir
Atravessarei a pedreira com
Audácia resistirei as pradarias estão
Logo ali antes da noite estarei
Num repasto de sossego o corpo dói
Não há outro remédio o ânimo
É de ânsia sofreguidão de desespero
Posso nem emplacar um pensamento
Ou fundar uma frase talvez o
Próprio epitáfio não consiga compor
Há um saturamento na fundição há
Um limite na caldeira a usina
Está na força máxima preste a
Sofrer um esgotamento não terei
Remédio a não ser a resistência
Não terei alívio fui escolhido para
Esta missão é árdua arriscada
Suicida é viagem sem volta beco
Sem saída é sinuca de bico dilema
De encruzilhada ou enigma de esfinge
Devoradora primeiro ofertarei minhas
Carnes peles ossos depois alma
Espírito entidade em que for transformado
Amanhã lerei uma letra depois de
Amanhã uma palavra não asseguro
Que seja a verdade é tudo que tenho
A teima irritante que causa gastura
Com atrito de pés arrastados no asfalto

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