Quem se mistura com porcos
Farelo come
A culpa é minha
Que me misturei
Que procurei
Não soube ser seletivo
Não soube escolher
As pessoas certas
Para demonstrar amizade
Carinho atenção
Então acontece
Tudo que tem que acontecer
A mágoa vem não volta
Abate meu ser semblante
A deixar-me à tona
Toda tormenta interior
Faço das tripas coração
Para não deixar o barco afundar
Não consigo sobreviver
Caí em lugar errado
Cercado de urubus
Demorei a ver
Que era presa
Presa de abutres
Aves de rapina
Que em cada bicada
Levavam de mim
Nacos de carne
A deixar-me no fim
As bolotas dos porcos
Para me alimentar
Era o próprio filho pródigo
Demorava a perceber
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