Quero chegar à exaustão
Ao final das minhas energias
Queimar a resistência acumulada
Em anos de vida sedentária
Inútil de nada criativa
Em pró da humanidade
Vida de pária de parasita
Que falta nenhuma faz
Quando é substituída
No segundo tempo do jogo
Sem marcar um único gol
Sem uma única vitória
Ou um empate
Só a perder de goleada
Para time até de terceira divisão
Tem que esperar alguma forma
Duma compensação
Que mais cedo ou mais tarde
Terá que acontecer
Não importa a procedência
Impossível é continuar assim
Só a perder no próprio campo
Ou no campo do adversário
Tenho que renovar minhas forças
É morte certa hoje em dia
Continuar o calvário
Sem ser santo
Ser pregado no madeiro
Sem ser filho de Deus
Não tenho vocação
Quero só buscar a solução
Duma vida atribulada
Sem felicidade
Quero pelo menos chegar à exaustão
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