Nos banquetes perversos de Nero
Estirado no acúbito à mesa
Na espécie de cadeira-leito
Em que os romanos se sentavam
Nero cantava com sua harpa
Chorava suas lágrimas de louco
Enquanto Roma incendiava
De ar açucarado guardava lágrimas
De aspecto doce em vidros
Matou a própria mãe
Acabou com a história romana
Ao fazer a própria história
No fogo açucenal
Como plantação de açucenas
Açudador de cinzas da cidade
Fazedor de verdadeiros açudes
Onde almas queimavam
No inferno onde reinava
Açulador de chamas humanas
Instigador de brasas de carvões
No açulamento da devastação
Incitação a banquetes infernais às
Orgias macabras nas fumaças
Da instigação dos corpos ressequidos
A humanidade o julgou?
Deixou-o no pedestal da galeria?
Que necessidade teve
Essa heresia imperial?
Nem o esquecimento consegue banir
A balofa estrutura de nossa memória
Que os ventos nos trazem lembranças
Os tempos nos mostram a esperança
Nós os homens não aprendemos
Cometemos os mesmos erros
Repetimos os mesmos pecados
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