Na fazenda do meu pai
Tinha uma bela plantação
Quando da noite para o dia
Vieram os acridianos famintos
Vorazes gafanhotos gigantes
Daqueles que comem tudo
Só deixaram os caules as raízes
Das tenras plantações
Das fazendas desprevenidas
Uma verdadeira praga
Uma grande mancha
Uma nuvem negra
Que destruiu tudo
Que foi plantado
Com muito amor trabalho
O acrídio chegou devastou
Quando foi embora
Parecia que um furacão
Tinha varrido o terreno
Não deixou nada nos pés
Uma folha sequer
Que provasse que ali
Havia uma lavoura
Ficou só a terra fofa
Pois terra não comem
Ficou só a dor do homem
A dor de ver o trabalho
De ver o suor
Ser jogado por poeira ares
Por voos infernais
De milhares de insetos
Com a simples intenção
De destruir causar
A miséria a tristeza
Na fazenda no ar
Agora é começar de novo
Começar a plantar
Deus não desampara
Aquele que levanta
Antes do sol
Ou ai se deitar
Depois das estrelas
A molhar a terra
Com o suor abençoado
Que amolecerá o pão
Para ser comido
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