Sou um aeroide
Sou da natureza do ar
Sou bem semelhante a atmosfera
Tenho também o meu tratado
A minha aerologia natural
Um aerológico aeromante
Sei a arte de adivinhar
Por meio da observação
Do apurado olfato
Melhor do que o do cão
Tenho o conceito aeromântico
Também a aerometria
Da ciência da medição
Da densidade dos elementos
Aproveito na meditação
Nos exercícios aerométricos
Que curam os males da dor
Da indisposição da preguiça
Da falta de ânimo do torpor
O ar é o alimento do cérebro
Da mente da memória
A impedir que se morra sufocado
No clima afogadiço que se cria
Na alma do afogado com facilidade
Dentro do crânio a recordação
Afoga-se na penumbra
Que promove a sufocação da noite
No abafadiço desespero labirintal
Que gera a afogadela fatal
Na ação de afogar na dor
Armadilha de teor afogadilho
Que só com o ar enriquecido
Faz tornar-se fofo o pensamento
Mole a ideia como o vento
Ao afofar o vaidoso o seu perfil
Para levar a vida menos pueril
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