Vejo a morte
Toda a hora à minha frente
Pessoas que se apodrecem vivas
Se acabam nos vícios
De álcool de drogas
Se deterioram não encontram
Meios adequados
De darem a volta por cima
Vejo todas essas almas
De olhos injetados
Pernas bambas
Semblantes moribundos
A representação autêntica
Da própria morte
É a pior morte
A morte espiritual
A morte d'alma
A morte d'eu
Da identidade perdida
Do elo de ligação
Do nada ao tudo
A chegada fúnebre
Do tudo ao nada
A tortura interior
O carrasco do íntimo
Com a lâmina afiada
Já a cortar
As cordas que prendem o coração
Desses fantasmas perdidos
Que vagam dia e noite
A arrastar o ataúde
A procura dum lugar
Para depositá-lo
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