Tenho um ódio acuminado
Que me deixa impedido de pensar
Uma ira aguda
Que não me deixa amar
Uma raiva aguçada
Que não me deixa raciocinar
Este é o meu mal acúmen
Meu pecado precedente
Que faz acuminar minha vida
No caminho mais errado
Sinto-me fixado por cunhas
Acunhado numa treva pesada
Que nem mesmo a luz
É capaz de dissipar
Cansei de meter cunhas em
Meu peito prisioneiro
Para deixar a liberdade entrar
Cunhar minha cabeça
Para livrar meus pensamentos
Proteger com empenhos
A minha inteligência
Bater com moedas na cara
Dos que pensam que tudo
Podem também comprar
Sem acunharem a ignorância
A obtusidade a opacidade
Que os fazem isolar
Do seio da humanidade
É preciso acunhar
Essas cabeças de chumbo
Romper as trevas deste mundo
Para que chuvas de luzes
Jorrem eternamente
De nossos corações
A humanidade sempre foi terrível nesse aspecto da ganância e do pensamento se que o dinheiro tudo pode comprar. Mas a poesia vem nos advertir que o mundo poderia ser diferente! Um abraço!
ResponderExcluir