Mão sou o tudo que completa o todo
Nem faço parte integrante dos mesmos
Mão sou o sal nem o éster
Do ácido acético
Não sou acertado
Relativo e pertencente ao vinagre
Não foi comigo
Que embeberam a esponja
Que ofereceram a Jesus Cristo
Não sou o ácido
Que constitui a base do vinagre
Não adianta querer
Acetificar-me transformar-me em azedo
Azedar-me com os doces
Sou feito de mel
Sou feito de melado
Sou feito de rapadura
Sou feito de açúcar
Não vivo nas trevas
Não vivo nas sombras
Não vivo na escuridão
A minha luz natural
Brilha mais que a luz da lua
O meu gás natural é mais combustível
Do que o gás acetilene
Que é obtido pela ação da água
Sobre o carboneto de cálcio
Não sou acetileno
Quero apenas me acetinar
Tornar minha ossada
Macia lustrosa como o cetim
Calandrar meu cadáver
Amaciar o fundo do meu coração
Onde o meu defunto
Vai repousar na eternidade
A minha matéria
Transformar em substância orgânica líquida
Incolor inflamável
Que pode até ser usada como solvente
Do tipo da acetona
Não sou uma madeira ruim
Sou uma acha
Pedaço de madeira
Que serve para queimar
Lenha para alimentar fogo
Que aquece as almas
Dos seres mortos em noites frias
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