quarta-feira, 10 de abril de 2019

Sob um pálio de luz desdobrado; BH, 01501101999; Publicado: BH, 0801202012.

Sob um pálio de luz desdobrado
Luz eterna infinita colossal
Sob a larga amplidão destes céus
Brilha sempre no nosso firmamento celestial
Este canto rebel que o passado
Nos honrou com história de valor
Vem remir dos mais torpes labéus
Nos livrar da agonia da angústia
Seja um hino de glória que fale
Da grandeza dum povo senhor de si
De esperança dum novo porvir
Onde a dor o choro o pranto
Não cheguem aqui
Com visões de triunfo embale
Sem ilusão que esconde a verdade
Quem por ele lutando surgir
A saber que mesmo na morte
A Liberdade não pode cair
Liberdade Liberdade 
Oiça a voz dos brasileiros
Abre as asas sobre nós
Nos ampare com teu manto sagrado
Das luta na tempestade
Não sejamos os surdos do futuro
Dá que ouçamos tua voz
Nós nem vemos que escravos outrora
A vergonha encheu-nos de temor
Tenha havido em tão nobre país
Crime hediondo tão vil de terror
Hoje o rubro lampejo da aurora
No sangue que o cepo manchou
Acha irmãos não tiranos hostis
Nas costas onde o tempo cravou
Somos todos iguais
Nos sulcos do arado da esperança
Ao futuro saberemos unidos levar
Nossos irmãos que só desonramos
Nosso augusto estandarte que puro
Nosso medo não pode evitar
Brilha ovante da Pátria no altar
A alma de nobre brasileiro
Liberdade Liberdade
Não olvides de povo tão nobre
Abre as asas sobre nós
Venha então nos libertar
Das lutas na tempestade
Se é mister que de peitos valentes
Dá que ouçamos tua voz
Nossa saga nunca foi carente
Haja sangue no nosso pendão
Do honrado irmão africano e
Sangue vivo do herói Tiradentes
Componente da nossa nação
Batizou este audaz pavilhão
Que o mastro esteja cravado
Mensageiros da paz paz queremos
No alicerce do nosso coração
É de amor nossa força poder
O brio da nossa coragem a valer
Mas da guerra nos transes supremos
A injustiça vamos ofender
Hei de vernos lutar vencer
Liberdade Liberdade
Dos pelourinhos sangrentos
Abre as asas sobre nós
Não nos deixe à mercê dos dissabores
Das lutas na tempestade
A bonança traz aos nossos penhores
Dá que ouçamos tua voz
Que não seja nunca tarde
Do Ipiranga é preciso que o brado
Não seja o grito dum só
Seja um grito soberbo de fé
De todo um povo esperançoso
O Brasil surgiu libertado
De qualquer grilhão dominante
Sobre as púrpuras régias de pé
Pois não vamos dobrar os joelhos
Ei-a pois brasileiros avante
Mesmo que queiram nos quebrar os tendões
Verdes louros colhamos louçãos
Para ornar nossas viris frontes
Seja o nosso país triunfante
Fraterno semblante acolhedor
Livre terra de livres irmãos
Que não volte jamais a injustiça
Liberdade Liberdade
Com história de glórias
Abre as asas sobre nós
No seio da nossa nação
Das lutas na tempestade
Não conheçamos nunca a covardia do medo
Dá que ouçamos tua voz
Do passado ao presente ao futuro
Sejamos distante de miséria e pobreza
Que a nossa burguesia
A nossa elite que sustentamos
Dividam conosco o pão
A terra o suor a lágrima
Amenizem o sofrimento
De grande parte da nossa nação
Ensina-nos a ler
A soletrar este nome
Desde a infância de nossas crianças
Aos idosos que nos contam as histórias
Liberdade Liberdade
Seja nosso tesouro de esperança
Abre as asas sobre nós
De verdade de realidade
Dá que ouçamos tua voz
Do uivo do útero das mães meninas
A todos desprezados pelo sistema
Que não aprendemos a amar
Não aprendemos a dar as mãos
Ensina-nos oh Liberdade
Engrandeça o nosso torrão

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