quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Não anseio nada a não ser a ansiedade; BH, 0200702013; Publicado: BH, 01201102015.

Não anseio nada a não ser a ansiedade
A agonia a absurdidade outra
Coisa não sei chamar para mim
Uns chamam o vento outros as
Estrelas outrem ainda o sol a
Chuva chamo o desespero a
Depressão não desejo orar por
Nada ou clamar por santos
Santas ou bradar aos prantos
Por bençãos milagres só corro
Atrás é da angústia é do tédio
Admiro aos que buscam a felicidade
O amor a paz invejo aos que
Amam adoram alguma coisa
Reverenciam o que acontece ou
O que deixou de acontecer não
Consigo perceber o que busco é
O que está vazio igual estou
O que não ofusca-me é a treva
Que não fere as minhas retinas
Que beleza todos querem companhias
Desprezo-as todos querem todos
Tudo não quero nada nem a
Mim mesmo tomam banhos não
Tomo escovam os dentes não
Escovo-os vão ao médico não vou
São educados cultos lidos não
Sou falam fico mudo perguntam
Não respondo vão ao cinema
Teatro igrejas shopping não
Vou saem fico riem choro pensam
Não penso agem paro vivem morro

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