Pedis palavras novas e letras revolucionárias,
Canções de protestos, textos modernos e
Nada disso tenho para vos dar; e dou-vos o
Mais do mesmo, os registros das paredes
Das cavernas das caveiras pré-históricas, os
Desenhos rupestres, nada de muito
Assombrador e sobrenatural; e apresento-vos
Os ossos dos meus avôs, as ossadas das
Minhas avós, os esqueletos dos meus
Antepassados, nada mudou entre o céu e a
Terra; acostumai-vos com o que todos
Conformamos, nenhum inusitado pendurado
Nas paredes, nos muros e tijolos queimados,
As pedras irregulares; nos bojos dos
Ossuários suspiram e não param de
Observar-vos, com os sorriso milenares;
Quereis prazeres celestiais e não mereceis
Nem o pó donde fordes formados e a
Água que compõem vossas lágrimas; não
Dar-vos-ei o firmamento por herança, o
Firmamento é o que de mais novo,
Revolucionário, de protesto e moderno;
O firmamento, sim, nunca é o mesmo, a
Cada olhada, uma nova obra-prima; a
Cada olhar, uma espetacular obra de
Arte, um cinema novo, uma novelle
Vague, que nenhum Oscar é capaz de
Premiar; um texto literário, que o Prêmio
Nobel de Literatura não é capaz de pagar;
E pedis palavras novas, letras revolucionárias
E ora bolas, tenhais a santa paciência.
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