quinta-feira, 14 de setembro de 2017

A literatura que tento passar a vós; BH, 0130702000. Publicado: 02901002013.





A literatura que tento passar a vós
Não vos deixeis enganar é arqui-sofista
Tem alto grau de sofisma de argumento
Falso raciocínio defeituoso intencionalmente
É feita para induzir em erro devido à minha
Falta de competência de capacidade
Em fazer uma literatura melhor sem precisar
Sofismar encobrir ou deturpar burlar enganar
Lograr a empregar a sofismar a pensar que
Assim angariei a atenção de algum leitor
Nem mesmo o leitor descuidado vai deixar passar
Sem perceber o grau de mediocridade que tento
Encobrir nos meus conjuntos de letras palavras
Não sou um arquiprior nem carrego o título do
Grão Mestre dos Templários na arte de escrever
Nunca encontrarei uma arquiprioresa que
Saiba elevar o meu nível cultural nem nunca tereu
A dignidade a função no arqui-priorado nem a
Elevação dum arqui-rabino o principal dos rabinos
Que conhece todos os segredos toda a história
Dos povos judeus semitas ortodoxos mesmo
Que me enclausure num arquimosteiro num
Mosteiro mais fechado duma ordem com toda
A biblioteca disponível jamais escreveria
Uma obra à altura dum Arquiloco poeta
Satírico grego do VII século AC jamais farei um
Poema ou uma poesia arquloquiana ou virei
A conhecer as receitas dum arquimagiro o chefe
De cozinha ou dos cozinheiros o cozinheiro-mor
Com suas manhas segredos seus temperos
Sabores suas receitas de caldos sopas pratos
Saladas mesmo que use a hipérbole exagerada a
Exageração extraordinária numa arqui-hipérbole
Atrairia interesse para o que escrevo tudo que
Escrevo haverá de ficar preso comigo num arquilho
Num arco delgado de metal ou madeira nos
Tambores nas bombas sobre os quais se retesa
A pela que outro arco comprime por meio de
Parafusos cordas não deixar que escape nada
Que venha a ser relativo ao que tento passar aos
Papéis na tentativa posso até usar o princípio
Arquiducal o relativo pertencente a arquiduque
Não saberei me fazer entender ser compreendido
Apreciado pelos poucos leitores que ainda restam
Da mesma maneira que estão a se acabar os
Escritores os leitores também estão a desaparecer
Espero entrar um dia nessa arquiconfraria
A confraria superior que ainda existe
Sobrevive com dificuldade dos escritores dos
Leitores amantes fazedores ledores de livros
Aquele que ler um livro se traja a rigor
Se senta num banco grande de costas com caixa
Onde as leituras são as diversões com tampa
Que serve de assento um arquibanco à moda
Antiga onde se pode até dormir depois de ler
Ai quem me dera criar uma arte escrita bem
Arquitetônica uma literatura do grau duma
Arquitetura dum escritor arquitetor dum
Arquiteto escritor em vernáculo arquitetural
Não a cimalha desprovida de friso arquitravada
Com a moldura do contorno que acompanha o arco
Na arquivolta da poesia do poema do soneto o
Soneto do poema arrabaldeiro arrabaldino tanto
O frade capuchinho do convento de Arrábida
O arrábido que toca o arrabil antigo instrumento
Musical árabe ao perseguido arrabinado que
Parece um rabino rabugento que espanta o arrabio
A ave palmípede ribeirinha o que faz arraçar a
Espécie a conseguir boas crias ao cruzar animais
De raça pura com os outros de raça ordinária
O ser de boa raça já hoje depois de tanto tempo
Não consigo mais arracimar o cabelo em forma de
Cacho devido a queda capilar que me deixou
Totalmente careca ao final dos tempos sou o
Mesmo quero ser o arrematador ser aquele que dá
Lanços em uma arrematação que arremata os
Fragmentos o arrematante dos artigos dos 
Escritos para me arremansar ficar em remanso
Em paz com a minha consciência por saber que
Tal tipo de coisa não caiu nas mãos de ninguém
Nem vai precisar arremangar contra aqueles
Que por ventura tenham tomado conhecimento
Destes segredos inúteis ao arregaçar as mangas
É para limpar as mãos de tais sujeiras não
Para levantar a mão contra alguém inocente
Contra o fraco deficiente abandonado
Injustiçado aprontar-me para morrer arrelvar
Minha campa cobrir de relvas minha sepultura
Tornar verdejante o meu jardim sepulcral cobrir
De lágrimas de emoção pura a relva onde meu
Corpo estiver escondido junto ao meu ouvido
Dentro do caixão a tocar eternamente para
Mim todos os sambas de Jorge Aragão para afastar
De minha alma todo espírito arrelioso impertinente
O fantasma que causa arrelia a assombração
Que me deixa arreliento arreliado o ectoplasma
Arreliante que daqui para a diante não vai mais
Perturbar o meu frágil ser chega agora de tudo
Que me impacienta que me atormenta neste momento

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