quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Quem é que pode perdoar meu asselvajamento? BH, 0250702000; Publicado: BH, 02901002013.


Quem é que pode perdoar o meu asselvajamento?
Estou a me tornar cada vez mais selvagem cada
Vez me sinto mais brutal ao me asselvajar me
Vejo cada dia mais grosseiro sinto vergonha
Em brutalizar-me em fazer-me um animal
Será que é a assemia? a impossibilidade que
Carrego em empregar ou em compreender a
Linguagem falada a escrita a mímica?
Será que é isso que está a me transformar?
A fazer-me assenzalar a minha casa a dar
Aspecto de senzala ao meu lar? tenho que
Assestoar-me cortar minha metamorfose
Dispor-me de maneira que uma banda
Sobreponha à outra meu lado arejado
Esconde o meu lado podre se
Perder a minha condição de assertar de
Deixar de ser o que assevera o que
Sustenta a minha opinião se
Deixar de ser o meu defensor o meu
Mantenedor assertório assertivo afirmativo
Posso até morrer agora a vergonha será
Minha senhora não terei lugar para enfiar
A cabeça como faz a avestruz nos momentos
De perigo se for derrotado todo o meu
Séquito assessorial estará desempregado
Farei um asserto na cabeça de cada um
Tenho boa pontaria sei assetar muito bem
Como sabe assetear um bom arqueiro vou
Ferir matar com seta envenenada vou
Injuriar atacar molestar assetar todo
Aquele que foi o causador de minha ruína:
Sou mesmo o próprio asseteado serei aquele
Que me asseteia pois ninguém tem culpas
Ninguém pode carregar meu fardo a não
Ser o mesmo que grito ainda tem
Alguém aí capaz de impedir o meu
Assevandijamento? quem pode parar aí
O meu ato o meu efeito de me assevandijar?
Quero me reduzir à condição de sevandija
Quero me rebaixar mais ainda quero
Aviltar-me como se fosse um demônio
Tão ruim que foi expulso do próprio inferno
Hoje quero ser coberto por esta astraçã esta pele de
Cordeiro deste pêlo frisado usado em agasalho
De Astracã topônimo russo qualquer coisa serve
Para me esconder para não me deixar
Assoalhado como o que esteve exposto à luz
Do Sol escondo-me num soalho escuro pois
Não posso ser divulgado o assoalhador quer
Enterrar uma estaca no meu coração
Se tentarem mais a minha assoalhadura
Virarei cinzas negras quem resgatará meu
Estado assoberbador? quem me resgatará
Do meu assoberbamento pela humanidade?
Vivo assombradiço sou o que assombra o
Que é assombrado facilmente tenho que
Sair das trevas fugir do assombreamento
Não suporto mais sentir vida só ao assombrear
A minha vida ao me sombrear me cobrir
De sombras penumbras luz sou quero luz
Não me incomoda o fato de que vou torrar
Luz sou quero luz do Sol da vela do luar
Minha alma implora meu ser quer navegar
Meu espírito quer existir minha mente quer pensar
Meu pensamento quer perpetuar minha memória
Quer valorizar luz sou quero luz é o fim
Do meu assomo da irritação que me afasta
É o fim do meu agastamento da falsa
Aparência sob pele de cordeiro é o fim de
Todo indício toda presunção de extermínio
Não quero mais assomar na escuridão
Agora sou assoante tenho assonância como palavras
Que ao ter a mesma vogal da sílaba tônica diferem
Todavia pelas consoantes que se lhes seguem
Hoje ando pelas calçadas não ouço mais assobiada assuada
Com assobios não conheço mais apupadas vaias troças
Quando passo chegaram ao fim o mundo aprendeu a me respeitar

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