Pelo menos tenho a prerrogativa de vir a correr à casa e com liberdade
Ou sem liberdade, com verdade, ou mentira, com
Qualidade, ou sem qualidade, escrever uma obra-prima; e
Escrevo-a sem precisar desventrar-me, rasgar o meu ventre,
Estripar-me à frente dos outros; pode até parecer um desvairo,
Pensar que alguém parará para ler e refletir, nesta reflexão que
Deixo aqui; há gente que pensa que, é extravagância, um
Desacerto, alguém vir a correr pelas ruas para chegar apressado
À casa, só porque quer escrever ma obra de arte; não penso que,
Seja um desatino, um delírio, ou um ato de loucura, não sei se
Todo mundo pode fazer isto e faço; pensar alguém que, seja
Desvario, ou não, não importa-me e que seja desvanecível, que,
Não causa-me um lucro, ou que não venha a gerar uma renda;
Não quero saber que pode se desvanecer com o tempo, só
Não quero ser o próprio, o desvalorizador do meu mérito; e
Juro que não serei o depreciador destas impressões escritas
Aqui, o crítico do desvalor, o que vê falta de valor em tudo, até
Em si próprio, é que irá dizer; só não pretendo é desvalizar o
Alheio, o semelhante e nem roubar ideias de ninguém; e penso
Feio ter que despojar da cabeça dos outros os pensamentos
E os sentimentos e se alguém quiser, pode desvalijar o que é
Meu, porém, nunca agirei com desvalia no que pertence a
Outrem; meu pai pode dizer do que mostro: é um desvalimento
E a minha mãe, sem cotação, se mostrar a um irmão, dirá: não se
Escreve assim, escreve-se assado; todo mundo irá desvalidar a
Bela arte da obra que escrevo, das artes plásticas escritas: mas,
Não tem importância, não escrevo para lucrar; todo mundo irá
Invalidar as minhas sentenças, enfraquecer as frases, e debilitar
As orações dos períodos e me deixará em perda de desproteção
E de desamparo; teu texto é desvalioso, não é uma obra-prima
E muito menos uma obra de arte, teu texto é de conteúdo barato;
Menosprezado pela mídia e depreciado pelo sistema e a
Sociedade abomina o que escreveste; porém, não faz mal, posso
Dizer que é meu: dirão, é uma loucura, uma desunião, uma
Discordância o que fazes e mostrarei a insensatez da humanidade;
Explanarei a loucura da raça humana, indicarei a alucinação
Do homem neste desvairamento tão combatido, contestado, de
Um escritor de espírito desvairador; de alma de poeta enlouquecedor,
De desnorteador que vive para desmanchar as raízes dos elementos,
Morre para desunir e desfazer a urdidura, com um desurdir que, criou
Para desunificar; tirar a unificação entre os primatas, separar brancos
E negros e dividir pobres e ricos e na cadeia o preso preto pobre puto
Passa por um desunhar, um torturar de arrancar as unhas para confessar
O que não roubou e o que a sociedade o fez perder; luto pelo desumanizar
Da humanidade; debato pelo desumanar da raça humana, minha tese é
Tornar todo homem desumano: desafrontar os cadáveres, desagravar os
Mortos e desultrajar os defuntos; o vivo é destrutor, o ser é só destruidor,
O ente é arrasador, o homem é aniquilador e quer destronizar esta raça;
Destronar esses reis, é o papel mais importante, a destronização da
Burguesia e o destronizar da elite e com destronamento a quem criou
Essas duas coisas abomináveis e hediondas; só um ataque de destróier,
Bombardeio de navio de guerra, contra torpedeiro, destroyer, com desfecho
Destroçador, que, desbarata, derrota, devasta, apodridão nefasta que são
Elite e burguesia, ou vice-versa; só uma vontade soberana destrinçavel, é
Que, porá fim à coisa tão sem causa: é o nojo destrímano, do destrimanismo
Discriminatório, onde se serve mais da mão direita, do que da esquerda e
Não é fácil destravancar, não é fácil desatravancar, desobstruir o caminho,
Limpar a sarjeta; arranjar coragem e acomodar sem fazer nada, não é fácil
Destrançar o nó e desentrançar as partículas, sem um acelerador; podeis dizer
Que sou um destrambelhado, mas, não sou disparatado único, espero que, um
Dia desorganizado, se una a nós e o mundo deixará de ser desordenado e
Iremos juntos destecer o fio da meada; e desenredar os enredos, desfazer a
Trama e destramar da falsa mão destra, a direita da social democracia; e
Desenfeitar o neoliberalismo e desarranjar o toucado da globalização,
Tirar a touca da cabeça do príncipe e destoucar a princesa; e ressuscitar o
Nacionalismo nativista e punir o nacionalista que quer destorroar o nosso
Torrão; banir o nacionalista que só pensa em destorroar o país e prega o
Destorroamento do nosso nacionalismo por ter vergonha de ser
Nacionalista; não quem quer esterroar os nossos torrões e essas almas
Desgarradas, só um destorcedor, uma moenda de cilindro, para que elas
Fiquem planas; pois, então, em primeira mão, vem da minha nação, meu
Estado e minha cidade e para aclarar-me, escrevo, para desnuviar-me
Crio pemas, para manter-me limpo, uso as letras e as palavras; o claro
Da escrita, o descobrir de um escrever e tento assim destoldar meus
Pensamentos em sentimentos, sensações, imaginações, movimentos,
Elementos, paixões e preparo como num destocamento, numa operação
De lavoura, que consiste em arrancar os tocos ao terreno que se pretende
Cultivar e sou o próprio destocador de mim; a máquina que arranca os
Tocos das árvores ruins, após a derrubada da vegetação daninha; e sofro
Ao ver a destruição do meu povo, a demissão em massa do trabalhador,
A deposição do cidadão sem soberania e sem cidadania; só quero ser
Destinto no meio do meu povo; mas, não quero meu povo destinto, não
Quero um povo que não se distinguiu, que está desbotado e descolorido;
Posso até ser assim, meu povo não, sofro ao ver o descobrir da nação, o
Descorar da bandeira, o desbotar da nossa tinta, o distinguir é tirar a nossa
Cor, isso não; hoje o povo não é mais destinador, não destina mais o próprio
Destino; hoje o povo perdeu a destinação, é um povo sem direção e objetivo;
Posso não ser o destímido, posso não ser corajoso, valente,e intrépido: meu
Povo, não, meu povo tem que ter muita destimidez; muita coragem e valentia,
Meu povo tem que ter muita intrepidez, muita qualidade e estado de destímido;
E aquele que quer o nosso total destilatório e não quer destetar, desmamar
E desleitar da vida pública, o meu povo será o desterrador; o povo será o
Banidor do falso patriota, o povo será o exilador do nacionalista entreguista;
E esta habilidade o povo tem, o povo tem destreza e desteridade, é só esperar
Para ver: a destemperança popular, a intemperança da nação, não dá para
Segurar, é o rolo compressor popular: é a destêmpera da destemidez; pior do
Que a operação de destemperar o aço, é o desassombro, é o destelo do povo,
O fruto que destela, o cair da castanha, e da azeitona, das árvores com o vento,
Ou por ter atingido fase da maturação; é o destelar da vontade soberana, o
Dissipar das trevas e das nuvens densas, a destecedura, o destampamento,
A desobstrução e o destapamento das estribeiras e no fim da falta de costume
E da falta de hábito, a dessuetude da soberania e da cidadania; venho dessumir
Que, agora será diferente, quero concluir que, irá tudo mudar, deduzir da verdade
E inferir da liberdade: podeis dizer mesmo que o povo vai destabocar-se, o povo
Irá tornar-se desbocado, a falar o que quer, a gritar e a fazer barulho; mandar e
Desmandar em palavras e em atos, ser inconveniente mesmo, como manda o
Figurino: já deixei aqui neste papiro dessimétrico, neste fragmento que não é
Simétrico; já deixei aqui nesta doxologia, em que não há simetria e nem
Proporção entre as partes; já deixei registrado aqui, assim, dissimétrico, com
Forma de dessimetria, repito nesta assimetria, como uma intervenção para
Dessexualizar, tal o fazer de um mau serviço; igual a um não servir, ao desservir
Para nada, falto, privado de tudo, mal servido, desservido por incapacidade,
0 mau serviço por incompetência e prestar desserviço por ruindade, maldade,
Malvadeza e por dessensibilização, tal qual o processo de afastar de um
Indivíduo a sensibilidade, a uma proteína heteróloga mediante injeção
Hipodérmica de pequena quantidade desse produto e ao dessangrar aqui
Deste feito, ao sangrar neste gesto, quero esgotar o sangue, esvair de mim
Para dessagrar, tirar as ordens sacras, a qualidade de sagrado e profanar o
Dessaborido, o insulso e o dessaboroso e insosso, insípido desrugar; fui
À luta, vou à luta e irei à luta, para desrolhar o poço, desarolhar
E destampar a cacimba; desenriçar o mato, desencrespar o cabelo,
Derriçar o espinheiro: desrevestir o sacerdote as vestes que usa
Quando celebra missa, para despir-se da hipocrisia.
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