Por que cobrais de mim perfeição competência
Ou até mesmo a salvação? porque cobrais de mim eficiência?
Porque cobrais de mim não me deixais em paz?
Quereis que seja algo além do que possa ser não sou fidalgo
Se sou uma mulher africana que embala o esqueleto
Do filho nos braços o filho já está morto porém
No seu instinto materno na sua esperança de mãe pensa
Que está só a dormir porque cobrais de mim a
Realidade a verdade a vida o caminho a liberdade?
Sou aquelas africanas cujos filhos morrem de fome
Os maridos ou foram mortos ou estão em campos de refugiado
Ou nas guerras ou nas guerrilhas então porque é que
O mundo inteiro vem cobrar de mim? uma codorniz uma
Ave da família dos Tinamídeos uma codorna então
Porque é que o mundo vem cobrar de mim? não sei
Cocoricar cantar de galo nem no meu quintal só
Sei ficar de cócoras agachado como se estivesse a fazer
Cocô com medo das fezes do excremento social que é
Produzido pela humanidade não passo duma cocoroca
Um peixe da família dos pomadasídeos de cor amarelo-esverdeada
Que não tem valor não vale um cocorote um cascudo
Um coque no coco um cocre no crânio um dinheiro gasto de
Cabeça por uma cocote por uma meretriz de zona de boêmia
Usuária de coca a cocaína derivada do arbusto das
Cristoxiláceas cujo alcaloide extraído das folhas usado como
Anestésico estupefaciente a gerar cocainômano pessoa
Viciada sem quociente de consciente sem cociente de
Inteligência passa a vida o tempo no cochilo
No descuido no erro de cochilar cabecear com sono
Dormir de leve acordar morto dormitar pouco
Descuidar-se quando desperta a morte já deu a
Coça já deu a surra fatal já retirou da cabeça o
Cocar o penachoo laço distintivo a roseta colorida
Como se fosse para enfeitar montaria a cocada o
Doce seco de coco ralado em pequenas porções transforma-se
Em grandes desejos impacientes em tentações até
Descobrirmos que não é uma simples cócega uma boa
Sensação agradável irritante causada por atrito
Ou leves toques em certas partes do corpo a coceira já
Se espalhou a comichão deixou de ser as cócegas que nos
Faz rir virou tortura virou cicatriz virou tatuagem
De frutas de palmeiras de coqueiros virou música
Dança nordestina virou um cocó no cérebro um cocho
Um tronco de árvore escavado onde se põe comida
Ou água para os animais porque cobrais de mim
Coerência estilo padrão ética nexo razão sexo?
Sou um cochicho um falar em voz sussurrada
Um segredar que ninguém quer saber um cochichar
De cocheiro daquele que guia os cavalos duma
Carruagem duma cocheira recinto fechado de
Coche antiga suntuosa não adiantais cobrar-me
Não sei coçar-me a não ser para esfregar ou roçar
Com unhas ou objeto áspero não sou de usar muito o
Espírito entristeço-me por não ter tempo para
Estar cheio de serviço sinto-me em cocção sinto-me
Cozer às minhas mazelas à minha alma ao
Meu ser que caíram de mim na queda quebrou-me
O cóccix o osso do extremo inferior de minha coluna
Cervical quando o combustível da indignação que
Arde em mim se extinguiu não restou material
Próprio para combustão parei de queimar a única
Coisa que gerei foi carvão não o estado dum
Corpo que arde a produzir luz calor meu comburente
Era o gelo sem ter o que a alimentar a chama
Apagou-se as cobranças vieram tais grupos de
Animais de carga em viagem tropas navios
Mercantes escoltados por belonaves conjunto de vagões
Ferroviários puxados por uma locomotiva um trem de ferro
Um reboque uma reunião de veículos que se movimentam
Juntos para o mesmo destino é o comboio de cobranças
Eternas reclamações que só servem para nos conduzir
Nos escoltar nos levara a comboiar na dor na culpa
No entrar em combinação química no fundo de
Uma sepultura que nos faz concordar nos faz ainda
Condizer estar conforme com as limitações com
Os sons com as cores o harmonizar entre o verme
A carne podre não venhais a ajustar-me a contratar-me
A estabelecer um modo de ação comum comigo não
Estou fora de perigo vivo sem dispor conforme
Uma ordem ou um método vivo sem combinar
Nada com a morte cobrais-me resultados de mim
Que não tenho qualidades de jogadores de combinados
Times de futebol constituídos por jogadores de dois
Ou mais clubes cobrais de mim resultados de seleção
Que nunca despi uma mulher de peça íntima do vestuário
Feminino dela que não tenho junção de substâncias
Diferentes para formar uma terceira diversa de reunião
Ordenada de objetos ou números diversa da reunião
Da harmônica de sons cores que não tenho acordo
Com nada não tenho contrato nem trago o que
Quer que seja ajustado com quem quer que seja
A não ser a esperança de tirar numa noite a leve
Combinação duma mulher a verdade a meu respeito
É mais do que conhecida todos sabeis que não sou
Combativo não trago em mim o valor que não
Se recusa ao combate não tenho combatividade nem
Propensão para combater como um espírito de luta não
Sou de contestar de impugnar o errado a mentira
A falsidade não sou de opor-me de atacar de lutar
Não nasci combatente guerreiro envergonho-me
Sempre fui derrotado em toda minha batalha
Envergonho-me escondo-me digo que não tenho
Saúde que tornei-me um abatido no primeiro lance
Vi-me deteriorar ruir igual a uma casa velha
Deixei-me abalar tornar-me fraco deixei-me combalir
Sem nenhum gesto de reação sem nenhum jeito
Daquele que pelo menos tenta ousa parece que
Vivo em momento comatoso parece que estou
Sempre em estado de com fora de circunscrição
Judiciária fora de comarca legal que não tem
Autoridade de quem comanda não sou de direção
Superior de tropas de ter comando ação de comandar
Até a mim mesmo é o pior flagelo que carrego
É o pior preço que tenho a pagar quando cobrais de mim
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