sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Sinto-me em estado arrasasante por período arrasador; BH, 0120702000; Publicado: BH, 02801002013.


Sinto-me em estado arrasante por período arrasador
Passa a minha alma sem diminuir a arrasadura
Sem impedir o ato de arrasar os sobejos da medida
Nem sei como ficará minha vida depois de arrasada
É precoce a minha demolição iminente a ruína
Não vou aprender a fugir de tudo que arrasa o meu
Ser a rasoura da mente que me deixa devastado
Quero ficar cheio até às bordas de luz de amor
Mostrar-me tornado arraso na dor plano sem
A erosão o relevo que me fazem cair ao chão
Arranhado de moral perdido sem ética nas
Trevas sem razão não chego nem ao preço dos
Arrás de França as tapeçarias antigas valiosas
Fabricadas lá onde não era preciso o penhor
Da alavra a garantia ou o sinal dum
Contrato bens dotais que fazem o interesse como o
Noivo que assegura à futura esposa com a
Aljava cheia as arras as manhas das raposas
O acomodar-se no bem bom o arraposar-se
Deixar crescer a barriga o cabelo a barba a preguiça
Aquela disposição tais os modos de rapaz aquele
Tesão arrapazado de correr atrás das raparigas em
Flor o tempo vai diminuir a criar um canzarrão
Um gatarrão um homenzarrão sedento que não tem
Nada de santarrão o que denota o aumento da
Ignorância da perdição não estou arranjado o
Mundo não está remediado quem é que tem algum
Dinheiro? quem é que é cuidadoso metódico
Arranjadeiro de todos os problemas que pega na
Arranha no aparelho para a pesca do polvo sem
Arrancorar-se tornar-se rancoroso com a humanidade
Com o homem com a sociedade consigo próprio a chegar
De arrançar de rançar tornar-se ranço o comportamento
É hora da arrancadura da dor o arrancamento do mal
Pela raiz é a hora do arrancador do utensílio
Agrícola que retira a colheita o acelerador
De partículas na astronáutica que faz arrancar
A molécula derramar a luz espalhar a felicidade
Enramar as flores alastrar o bem como uma
Epidemia que faz arramalhar os sorrisos
Ramalhar os risos em buquês esconder o ódio
Sob ramos como o réptil que não é visto faz
Agitar-se a moita onde está escondido
É tempo de arralentar a erva daninha tornar
Ralo o espinho desbastar as plantações nocivas
Infrutíferas até as arraigadas radicadas enraizadas
Estabelecidas aferradas que ao raiar do dia
Terão outra cor outro parecer no arraiar da
Madrugada que parirá um dia adormecido
Um dia enfeitado de Sol areado tal panela
De alumínio o arreio arraiado como a Lua cheia
Não sei viver sem a aurora geme meu coração
Não sobrevivo sem a alvorada a arraiada
Romântica que ajuda a dividir em rações
Ajuda a raciocinar arraçoar a alegria àqueles
Que não conhecem um sorriso de satisfação
Por me deixo arpoar me deixo arpar ferrar
Com arpão ou arpéu arpear como se fosse
Uma imensa mansa baleia azul apesar
De ser contra a caça às baleias a todos seres
Que sabem arpejar cantar uma canção de ninar
Para viver não sou arpista não sou arisco
Na conquista do amor duma mulher vivo
Desconfiado com todos tudo me leva a não
Crer a não acreditar nem a mais ter fé
No homem o que faz doer meu coração
Qualquer pânico me deixa espantadiço
Qualquer barulho me põe assustado com medo
Não sei ser um homem prevenido por isso
Deixo-me à arpoação do arpoador que arpoa
Sou uma baleia encalhada num banco de areia
Preso à arpoeira à corda do arpão estou arqueado
Dobrado de fadiga curvado de dor arcado de
Tristeza que a arqueação me causa ao
Arquear-me com arqueio de tonelada a
Medição da capacidade de vasilhas de navios
Curvaturas arqueadas que são insignificantes ao
Tamanho do pranto que carrego dentro de mim
O arqueador o que arqueia que é o varador
Não saberia definir minha arqueadura
Meu arqueamento não seria sofrido se
No meu peito pairasse a arquegoniada a planta
Cujo gameta feminino se forma num arquégono o
Órgão do protalo dos fetos ou do corpo dos musgos
Com a forma de botija que encerra a oosfera
Conheci o arqueio o arquegônio a arquelha do pavilhão
Da cama descrição dos monumentos antigos na
Arqueografia que o mesmo arqueográfico nos mostra
No arquete pequeno arco para tocar instrumentos
De corda na tumba dos faraós dos cadáveres indigentes
A urna cinerária em forma de cofre quadrangular
Onde meu arquiavô meu avô mais do que remoto minha
Arquiavó guardavam os seus segredos de arquiavôs
Que até hoje não conhecemos que os arquibancos
Destroem as esperanças do povo trabalhador

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