sábado, 30 de setembro de 2017

Não carrego na cabeça nada mais que seja relativo; BH, 0501002000; Publicado: BH, 0300902013.

Não carrego na cabeça nada mais que seja relativo
A cabelo ou do que seja delgado como cabelo só
Em anatomia a designação dos vasos delgados que
Interligam as pequenas artérias as veias da parte
Física que estuda os fenômenos capilares nesta
Matéria não tenho capelo capuz usado por frades ou
O manto de doutor nem o honoris causa o chapéu
Cardinalício sim a parte dilatável do corpo
Dalgumas serpentes o capelão religioso esperto que
Chefia um bando que diz missa em capela tal o padre
Encarregado de prestar auxílio espiritual nos
Regimentos militares preparados para matar em
Qualquer parte em pequena igreja os músicos que
Tocam nela estabelecimentos que vendem todas as
Quinquilharias não adianta capear não adianta 
Cobrir ou esconder sob a capa da falsa verdade
Agitar a mentira catucar a onça com canivete
Pequena faca de lâmina móvel que se fecha sobre o
Cabo que se esconde igual a um carango um
Calhambeque um carro velho de fundo de
Garagem um piolho do púbis uma caranguejola
Armação de madeira pouco sólida uma palafita
Amazônica em mau estado o membro ou
Adepto do partido político que pleiteava a restauração
De D Pedro I o apelido dado a Diogo Alvares pelos
Tupinambás da Bahia o peixe marinho da família dos
Murênidas caramuru caramujo que representa a
Pessoa retraída que sou uma imagem de sombra
De silhueta esquisita um molusco gastrópode univalve
Com cabeça massa visceral pés tentáculos a
Carregar uma concha de caraminhola de intriga de
Mentira no fundo o que sou quero sobre minhas costas
É todo o sofrimento do mundo no fundo o que quero
Em meus olhos são as lágrimas de todas as crianças
Que choram que sofrem violências que são agredidas
Espancadas abandonadas em todas as partes do
Mundo no fundo o que quero é que toda injustiça
Do mundo esteja para mim como uma cara-metade
Como uma esposa em relação ao marido é por
Isso que não quero sorrir não quero ser feliz enquanto
A grande maioria vive nas areias escaldantes dos
Desertos é por isso que quero a infelicidade não
Quero o caramelo enquanto a maioria vive com o sal
Grosso esfregado nas feridas não quero o açúcar
Fundido decomposto em parte pela ação do
Fogo não quero a guloseima feita de açúcar
Assim tratado a juntar-se café cacau se a
Maioria morre de fome no mundo às vezes
Nem teve uma caramboleira na infância ou
Uma planta da família das oxalidáceas no
Fundo do quintal uma carambola para matar
Ou enganar um pouco a fome só vejo o político
Carambolar bater sucessivamente duma só tacada
Milhares de dólares para o seu bolso como uma bola
De bilhar nas outras duas a ação da bola vermelha
Acaçapar dinheiro de merenda infantil com
Ironia acaçapar dinheiro da saúde pública a
Fingir espanto admiração a pedir CPI
Contra a corrupção exprime caramba quando
Descobrem que um auxiliar está envolvido
Até o pescoço com cara-lisa com cara de pessoa
Descarada cínica lava as mãos a sorrir para
Os holofotes como se nada fosse com ele
Precisamos crescer para acabar com o caradurismo
Político com a falta de vergonha o descaramento
Com que o povo é tratado é preciso banir o
Político cara-de-pau o caradura demagogo
Que fala que rouba mas faz estupra mas não
Mata o povo só não pode é capitular não pode
Nem deve firmar compromisso ou acordo
Mediante condições sombrias o povo não deve é
Render-se aso inimigo ser reduzido a capítulos
Vê a sua história chegar a final como o capítulo
Dum livro imprestável

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