segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Parei falta-me força de energia moral; BH, 02801102000; Publicado: BH, 0401102013.

Parei falta-me força de energia moral
Para enfrentar o perigo a adversidade parei
Não tenho ânimo falta-me intrepidez a
Ousadia que impulsiona para a frente não
Encontrei a perseverança o desembaraço a
Franqueza enrubesceu-me o despudor envergonha-me
A minha coragem morreu o meu coração
Não é valente não é destemido não bombeia
Sangue de corajoso é só um órgão oco até
Musculoso pneumático o centro motor da
Minha circulação sanguínea o que carrego
No peito é um objeto semelhante tem uma
Suposta rede de sensibilidade afetiva moral
Guarda o conjunto das faculdades do caráter
Da alma bondade generosidade caridade não
Habitam o meu coração nem pessoa amada
O meu medo não deixa-me amar a ninguém
Amor não vejo meio de adquirir energia vontade
Intenção de amar falta de tudo isso faz-me
Corar de vergonha falo com a máxima sinceridade
Com simpatia apesar de ser um insensível de não
Ter nada nas mãos de não ter aberto o espírito
Ser afável sincero é bronze pedra ferro é de
Aço mau não de ouro a mina que trago no
Peito nada tenho de bondoso ou de grandes
Qualidades morais sou muito mole para a vida
Não sei viver com a resistência do coral a concreção
Calcária ramificada que forma o eixo dum
Pólipo ou duma colônia de pólipos marítimos da
Família dos alciônidas com cor rubra que lembra
Uma fortaleza o veneno da cobra coral do gênero
Micrurus caralinus de canto em couro de encanto
Coralíneo de desencanto coralino quando
Paro assim nem a coramina a designação comercial
Da piridina B-carboxildietilamina substância
Estimulante do coração das vias respiratórias é
Capaz de pôr-me em movimento nem o corante
Que dá cor usado para tingir ou corar disfarça
O branco do meu rosto faz colorir enrubescer vermelho
Como o se fritar algo em fogo brando ou para tostar
Quando paro assim fico preso num cordão
Numa corda muito delgada de aparência numa
Corrente de metal precioso para usar ao pescoço
Qual coleira de cachorro o grupo de foliões
Que se divertem em comum no carnaval não
Anima meu velório em dia de finados a sucessão
De sentinelas ou de postos médicos para isolarem
Um local ou uma região não cortou meu umbilical
Que até hoje uni-me ao feto ao útero à mãe
Através da placenta do símbolo materno de ligação
De submissão de domínio nada cordato nada
Sensato nada prudente ainda sou um cordeiro
Um carneiro ainda novo uma pessoa muito mansa
Muito inocente não sei pintar-me ao contrário
Por Deus por Jesus Cristo pelo Divino Espírito Santo
Já estou decrépito caduco um velho coroca
Pior do que mulher velha feia só corda no
Pescoço só peça de fios unidos torcidos uns
Contra os outros que serve para segurar prender
Apertar feita de tripas ou de metal usado em
Certos instrumentos musicais para produzir sons
O fio de aço em espiral do relógio que forma
O mecanismo o segmento da reta que une dois
Pontos duma curva com pretexto caçamba de
Expressão que designa duas pessoas ou coisas
Insuperáveis a sofrer o lado mais fraco sensível
De alguém de grito nas vocais nas membranas
Pregueadas da glote que fazem a voz estar em
Dificuldades dançar bamba na garganta embriagada
Por dar a alguém pretexto por não agir por não
Tornar eufórico fazer o rosto funcionar como se
Estivesse a enrolar a corda dum relógio mesmo
A estar endividado com urgente precisão de
Dinheiro estar com toda euforia roer as amarras
Faltar aos compromissos desfazer os negócios livrar
Do cordame da reunião dos cabos dum navio
Livrar do cordel do barbante da malha-fina
Do fardo  da corcunda da protuberância anormal
Nas costas ou no peito tirar a corcova a giba
Com o salto que dá o cavalo ao arquear o dorso a pular
A saliência do terreno o montículo superar o corcovo o
Dar corcovos no destino corcovear a mentira cor-de-rosa
Desbotada esmaecida rosada como a rosa cordial
Medicamento bebida que reerguem as forças do gentil afetuoso

Nenhum comentário:

Postar um comentário