A olhar para a estrada
Com a mochila nas costas
Espero uma carona
Que me leve ao encontro dela
As horas passam devagar
Parece que vai chover
Estou aqui sozinho
Com medo de morrer
Ando mais depressa
A engolir o caminho
Mas parece infinito
A me devorar as canelas
Logo vem a noite
Chuva a cair
Sento na chuva choro
Que vontade de não existir
Chuva de choro
Vento mochila
Na noite fria
Na estrada escura
Sentado na noite
No meio da chuva
A querer morrer
A chamar a morte
Para acabar de sofrer
Durmo cansado
Com os olhos encharcados
De lágrimas de água da chuva
O corpo molhado
Sonho com ela
Um sonho lindo
Com sol em tudo do sonho
Sinto vontade de viver
De ver o meu amor
Mesmo na chuva
Que depois do sonho
Caía alegre
Com os pingos a sorrirem
Quando caíam no asfalto
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