Sempre cismei que tinha alguém
Debaixo da minha cama atrás
Da porta no alto da escada ou
Escondido na sacada sempre
Imaginei que era observado das sombras
Por olhos inimigos assassinos de
Vampiros sedentos de sangue tive
Medo de dormir no escuro pedia
Para acender a luz chorava
Reclamava a presença do meu pai
Ou de minha mãe sofria de
Vertigem até em local abaixo do
Nível do mar fraquejava nas
Pelejas perdia todas as disputas
Para os mais infalíveis surgia
Do nada uma paranoia uma
Psicose minha poesia virava
Pura esquizofrenia era um
Dilema a presença dum poema
Era mistério enigma charada
Não desvendava a verdade dos
Meus olhos continuava com a
Tarja que me cegava para não
Chegar à luz do conhecimento
Sempre pensei que um presságio
Esperava-me na próxima esquina
Subia a rua pelo outro lado
Onde ninguém nunca me via
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