sexta-feira, 1 de maio de 2015

PDG, Alvarenga Peixoto, 1455, 2; BH, 0240102012; Publicado: BH, 01º0502015.

Lemos pouco e escrevemos menos ainda e do
Que lemos, a leitura não presta; e quando
Escrevemos, escrevemos o que é trapo
E se um especialista analisar, de maneira
Superficial a nossa escrita, a rejeitará
De imediato; e se o mesmo especialista,
Analisar profundamente a nossa escrita,
Quererá nos colocar no paredão, de frente
Ao pelotão de fuzilamento; tenho uma
Atenuante, por sempre pedir perdão,
Pedir desculpas, pelo que escrevo, pois,
Reconheço que são aberrações e bizarrices,
Da minha natureza de ser humano; mas,
Não sei o que me move a querer imitar
Fernando Pessoa, Marcel Proust, José Saramago,
Guimarães Rosa, porém, de forma bem piegas,
Simplória e decepcionante; e ao pensar que,
Van Gogh, Pablo Picasso e outros foram
Desqualificados por suas obras, cismo
Em teimar a imortalizar letras e a eternizar
Palavras, apesar de ninguém querer saber;
E o homem da pré-história ao rabiscar as
Paredes das cavernas, pouco estava a se
Importar, se algum dia, os rabiscos teriam
Importância; e quando são encontrados
Alguns caracteres rupestres inéditos, é uma
Comemoração, como a um tesouro de Salomão;
Quem sabe um dia meus escritos não serão assim.

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