Escalei a montanha na subida passei
Por vários cadáveres congelados dos
Que tentaram a escalada antes de mim
Cheguei às estrelas os planetas errantes
Saldaram-me de suas tocaias a lua
Ilumina a terra o sol ilumina a lua
Tive a tarefa de iluminar o sol os
Milhões de sóis cegos que vagam fora
De suas órbitas de suas forças de seus
Eixos sóis extintos há bilhões de anos
Inda fumegavam rompi a barreira do
Universo a minha constelação a
Minha galáxia-mãe era apenas uma
Tênue névoa a dissipar-se atrás de mim
Impregnei-me de gosma cósmica
Expelida pela pele das tempestades
Astrais emoldurei em molduras de
Ouro uma por uma as Auroras
Boreais que encontrei pelo caminho
Completei minha coleção infinita de
Obras-primas aumentei o acervo de
Minha pinacoteca da posteridade com
Essas obras de artes dessas belas
Artes assinei tela por tela folha por
Folha as pendurei nas paredes dos
Museus do universo contentei-me
Contemplei maravilhado por ter-me
Convencido convincentemente de
Que o papel desenvolvido não era
Demente dementes são os que
Enclausuram os artistas que no
Lugar de dar-lhes um ateliê dão-lhes
Uma cela num manicômio dementes
São os que não escalam a montanha
Que deixam-se congelar que não falam
Com os astros nem com a Aurora Boreal
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