E estou com a barriga na miséria
E a matar cachorro a grito e
Jacaré a beliscão e a enxergar
Elefante do tamanho de formiga
E estou feito lobisomem em noite
De assombrações e sou o vampiro
Sedento de sangue arterial de
Menina moça virgem a vagar pelas
Madrugadas atrás das suas vítimas
E sem as encontrar para chupar o
Sangue quente que corre em suas
Veias azuis e sou o vampiro
Desesperado a procurar loucamente
Um lugar seguro e um sangue
Venoso mesmo pois se o dia cair raiar
E sou alma incompatível com o sol
E que o inferno não quis e sou o
Anjo expulso do céu e agora vago
Pelas ruas com os bolsos revirados
Nas mãos e de cabeça rasgada com
O ser aterrado enterrado numa
Sepultura que perdi o rumo do
Cemitério e não sei mais voltar e
Chego numa casa sem olhar o
Número e peço pelo amor de Deus
Um pedaço de pão velho e uma
Voz de demônio me manda para o
Inferno e me manda trabalhar e
Sem me conhecer o dono da casa
Sabe que sou um vagabundo.
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