A tomar um chope gelado
Sem ti ao meu lado para me
Falar de amor e para me
Falar de paz nada me satisfaz
E fico na noite escura e vem
A noite escura no sabor do
Chope claro e a desenhar
Teu rosto com desgosto e a
Esperar teu corpo todo a
Firmar na espuma branca e
Vai chope e vem chope e
Misturo claro com escuro e
Espero o tempo todo e
Espero a noite toda e mais
Chope vai e mais chope vem e
Foste embora da minha vida e
Foste embora da minha noite e
Foste embora do chope da
Minha tulipa e não voltaste de
Madrugada e não trouxeste o
Sol de volta e não trouxeste a
Vida para mim e tomo outro
Chope gelado numa outra noite
Noutro lugar talvez duma outra
Noite que não sei bem e vi a
Imagem dum alguém que se
Distanciava de mim e cabeça
Cheia de chope me enlouqueci
Todo a tentar sair da noite a
Correr a gritar o teu nome
Louco e a babar espumas
Concretas de vidas já passadas
E de vistas já passadas e de
Olhar já virado não te vi no
Amanhecer e pensei não existir
E passei não existir e virei um
Micróbio a comer micróbios
Macrobióticos e hoje sentado
Aqui no barro e hoje sentado
Aqui na lama penso no tempo em
Que existi e no tempo em que
Tinha amor e em que tinha paz e
Penso em ir embora do nada e
Começo a ir embora para o nada
E paro e choro e choro porque
Não sou nada e choro porque
Não posso sorrir e o chope
Segue a rolar e não aguento
Mais o sono e vou dormir.
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