A morte é uma linda flor
Que me engole a alma e
A calma noite que me
Engloba o ser é substituída
Pelo bruto dia que me
Tritura todo e a vida
Branca pelo mar aberto
Mais um ser que talvez
Não é e vem ao mundo a
Andar à toa na pétala
Duma flor para e canta
Mudo com os olhos em
Brasas a suspirar contempla
A beleza que o forma só
Mais um instante e está a
Se acabar e quando a onda
Vem trazer os restos mortais
Que o mar não quis e bate
Em meu peito um fraco
Coração e como sou tão
Infeliz e a linda flor que me
Devora os olhos e tenho o
Prazer de cultivar e um dia
De chumbo sobre a frágil
Flor vai cair e a partir
Daquele instante esmagada
Vai deixar de existir e a
Borboleta que voava alegre
Pelos ares soltos entre
Espaços a chorar lágrimas
De aço não vai ter onde
Pousar e sem o pólen que
Mata a fome e o néctar que
Mata a sede vai sair da vida
E vai não sei para aonde.
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