Não me encontro
Em parte alguma do espaço
E não me vejo
Em espelho algum
Do azul do céu
Ou do fundo do universo
Não estou presente
Em pétala grávida
A desfrutar néctar
A absorver pólen
Abelha rainha ávida
Sempre estou ausente
Do raio do sol
Nunca fui lembrado
Sempre no passado
Para sempre atormentado
E não restabeleço
Perdi o endereço do amor
E o berço da paz
Não me encontrei
Na mais bela estrela
Quando a lua era lua
E dava para a noite clara
Sua luz de prata
E de novo ausente
Das mais importantes
Ocasiões divinas
Da minha vida terrestre
Feito réptil bravo
De frieza indomável
De velho a ignorar ignorado
O lado bom da vida
Não me encontro
No estrondo do meu coração.
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