E saí de casa apavorado
A pensar em encontrar contigo
E cheguei à pracinha cansado
De tanto correr pelas ruas
Para não chegar atrasado e
Esperei sentado no banco a
Mascar chicletes de goma e
Não apareceste e com a boca
Também já cansada de tanto
Mastigar em vão e com a mão
A suar pelo nervosismo do
Meu coração e gente a passear
À minha frente me fez lembrar
De ti e namorados namoravam
E sem consciência desligados de
Deus e do mundo se beijavam e
Sozinho todo obscuro e no canto
Mais escuro da pracinha sentado
No banco duro e olho vidrado e
Sinto-me embalado pelo meu
Pensamento que a te procurar e
Depois que passa aquela onda
Doce e aquele vento fresco dentro
De minha cabeça sou todo desespero
E fico todo sem tempero e tremo por
Inteiro na noite do frio vento e me
Gela a alma com neve de tormento e
Sem tua presença para me aquecer e
Não tento chorar para não sofrer e
Então volto à casa bem triste e bem
Acabado e volto bem devagar a pensar
Que talvez teu pai não te deixou sair.
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