quarta-feira, 17 de novembro de 2021

A morte do pranto, RJ/SD; Publicado: BH, 01701102021.

Vou matar minha lágrima
Na ponta do meu lenço e
Não vou mais chorar e vou
Apagar minha voz de minha
Garganta e não vou mais
Gritar por ti ou gritar teu
Nome a te pedir perdão ou
Por socorro ao meu coração
E vou acabar meu pranto e
Vou matar meu pranto e
Vou aliviar a minha dor e
Não vale a vida abrir ferida
Em plena alma e abrir chaga
Em meu peito por algo tão
Considerado em vão e se o
Amor não chegou para mim
E se a paz não desceu em 
Minha cabeça e se não me
Amaste paciência não vou
Abalar minha consciência e
Não vou perturbar meu
Espírito e se um dia vier tudo
Para mim e vier a sorrir e de
Boca arreganhada e de boca
Aberta e vou entrar dentro
Da boca e deixar a boca me
Mastigar e me morder até a
Carne aparecer e vou matar
Minha lágrima ao amanhecer
E vou matar minha lágrima
Antes de chegar um pranto
Novo inteiro e meu pranto
Interno vou matar meu pranto.

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