E faço a vingança
Da minha matança
E faço a andança
Da minha vivência
E me recomponho
Em plena falência
E determino
Minha decadência
Espiritual que me deixa
À margem das coisas
E marginal
Sou a influência do amor
E da paz
E sou a extravagância
Da vida
E da morte
E faço a sorte
Da minha meta
E como a linha
Do horizonte
E limpo a boca
Na tua boca
E tem dia
Que sou a noite
Em pleno dia
E tem noite
Que sou o dia
Em plena noite
E minha depressão
Vai até ao amanhecer
E faço o traço
Do que faço
E traço e faço
O que traço num esboço
E não vivo
E um calor de sol
É que me come o peito
E um suor de fogo
Molha-me o corpo
E o universo se vinga
Da minha vida
E a terra se vinga
Da minha carne
E faço a vingança
Da minha andança
E faço a matança
Da minha vivência.
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