Ao redor do mundo
Com o mundo ao meu redor
Não tenho pena e dou um
Nó e o universo à minha
Frente vou a seguir a linha
Do horizonte a comer nuvens
E a beber chuva e ao redor
Do mundo e com o mundo
Ao meu redor e não tem
Pena de mim e me dá um
Nó cego e me deixa cego e a
Vida ao meu redor não tem
Pena de mim e me mata antes
De eu viver e o universo à
Minha frente me ajuda a
Encontrar o poente com a
Linha do horizonte e não dou
Nó nas paralelas pois o azul é
Bom e é belo e o horizonte
Também e o mundo horizontal
E o universo cego e a vida
Vertical e o homem marginal e
A linha magistral e não tenho
Pena e não têm pena e tudo dá
Um nó bem cego no peito e na
Garganta e na voz e no grito e
Na boca e no olhar e o mundo
Ao meu redor e não tenho pena
E aí redor do mundo dou um nó.
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