quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Antônio Furtado, "Poesias e Crônicas", Um Fato (ou um ato) Estranho.

Que coisa mais estranha
É a morte
Tão estranha, macabra
Para ela, há várias desculpas
Tais como
Foi de coração
Acidente de carro
Algumas vezes dizem até:
Foi cachaça demais
Ele era um verdadeiro alambique
A passagem da vida
Para a morte
É um momento singular
Avassalador
De momentos rápidos se compõem a vida
Mas, eterna é a morte
Com o passar do tempo
Vem o esquecimento
E, poucas pessoas
Irão lembrar que um dia você existiu
A vida seguindo o caminhar normal
Com mágoas, dores
Sorrisos e lágrimas
Alguém a notar o desabrochar
De uma rosa
O cantar de um passarinho
O sorriso meigo de uma criança
A natureza tentando sobreviver
O ser humano
Com sua ganância voraz
Destruindo a vida
Que coisa estranha...
Estranha e eterna.

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