domingo, 23 de agosto de 2015

MIKIO, 141; BH, 0250402013; Publicado: BH, 0230802015.

Bem que alguém deveria ter gritado
Da esquina cheguei ao fim da rua
Nem um grito ouvi vacilei antes de
Seguir em frente pensei em olhar
Para atrás o coração suspenso
Às minhas costas só o silêncio
Nenhuma alma acompanhou-me
Nenhum anjo postou-se ao meu lado
A escada não ia até o céu terminava
Numa parede ao alto não havia
Porta pensei que alguém poderia
Ter me gritado como fui ingênuo
Uma criança inocente desci para
A praça sempre a imaginar que
Coisas reais aconteceriam que a
Realidade viria ao meu encontro
Que a liberdade me elevaria à
Condição de entidade superior no
Corredor que mais parecia um túnel
As luzes não estavam acesas
Inseguro andei como se pisasse
Em águas profundas era grande
O medo de afundar a covardia
Distanciava-me da fé faltou-me
Tudo que falta num grito de ânimo
Ao oferecerem-me uma chave não
Abri a porta o desconhecido como
Um imã poderoso paralisava-me
Meus ouvidos queriam ouvir uma
Voz um chamado de volta já
Encontrava-me no meio do
Pântano o lodo pela cintura
Meus ouvidos queriam ouvir o
Grito que alguém poderia ter gritado

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