segunda-feira, 10 de agosto de 2015

MIKIO, 164; BH, 0190502913; Publicado: BH, 0100802015.

Vou fazer uma pergunta, mas, não tenho
A quem fazer esta pergunta: como é que,
Vou sair desta, hein, parceiro? não precisa
Responder-me, é apenas uma pergunta,
Perdida entre as bilhões de perguntas,
Que são feitas pelos seres humanos,
Que se encontram em situação de
Risco; e todos têm uma pergunta para
Fazer, têm coragem a fazem claramente,
A olharem no olho doutro; tenho uma
Pergunta para fazer, mas, não a faço, e se
Faço, corro, não espero a resposta; e se
Faço a pergunta, acovardo-me, tenho
Receio de ouvir a resposta, e escondo-me
Atrás da porta; e o vento não traz a
Resposta para mim, não sou predestinado,
Não sou visionário, não sei ler respostas,
Onde todos sabem ler respostas; e é uma
Pergunta simples, piegas, simplória: como
É que vou sair desta, hein, parceiro? e
Até uma criança tem uma resposta na
Ponta da língua; e o que tenho mais medo
É de resposta de criança; vou ali 
Nalgum lugar comum indefinido e esperar,
Quem sabe não aparece do nada, uma
Coisa e sopra nos meus ouvidos, sem
Eu sentir, uma resposta qualquer, que
Possa decorá-la e trazê-la, para quando
Perguntar, o que vou fazer para sair
Desta, hein, parceiro? e eu poderei
Responder com a resposta decorada.

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