quinta-feira, 13 de agosto de 2015

MKIO, 155; BH, 0170502013; Publicado: BH, 0130802015.

Não, não mantenho mais ereta a
Coluna, a pilastra, a muralha;
Um som de trombeta colocou tudo
Abaixo, ruiu a fortaleza, desmoronou
O castelo e do nada desmanchou-se
A montanha; o vento agora pode
Aproveitar-se de mim à vontade,
Pode ir à forra e arrastar-me
Trapo velho pelas ruas fantasmas;
E pensava que a minha cabeça era
Infinita e a minha cabeça acabou-se;
Fluíram-se memórias, esvaíram-se
Lembranças, perderam-se recordações;
Dias desses, em frente ao espelho,
Perguntei quem era a pessoa do
Lado de dentro e que repetia,
Tudo que eu fazia; cismei que
Era um clone e para enfiarem na
Minha cabeça e que, aquela imagem
Era a minha, tiveram que contratar
Um convencedor e um marqueteiro,
A ensinarem-me como deveria agir;
E não sou candidato algum,
Não aceitei o que tentavam convencer-me
E o que tentavam ensinar-me; quebrei o
Espelho, aquilo não sou eu, sou estas
Letras de fogo, sou estas palavras
Ardentes, trazidas pelos raios das
Cargas elétricas; não, não acredito,
Não aceito argumentos, sou os
Pensamentos que formam os núcleos
Solares, sou eu que alimento aquela usina.

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