segunda-feira, 17 de agosto de 2015

MIKIO, 150; BH, 0100502013; Publicado: BH, 0170802015.

Cada coisa tem uma vozeria cada
Bicho tem uma vozança que o identifica
Cada pedra tem uma marca um rastro
Que deixa quando se movimenta
Ao dormir cada coivara tem uma
Sombra um som que ninguém percebe
Mas quem percebe identifica tudo faz
Tic-tac no universo como se fosse uma
Bomba relógio tudo faz pic-pic ou tu
Tu como se fosse um verme a roer os
Tutanos dos ossos a taramela canta
A cancela geme o ferrolho chia a
Pinguela oscila cada coisa tem algo
A nos passar que não sabemos ouvir
Nem saber o que é não sabemos
Entender as coisas cada um ser é
Um mestre numa coisança um
Especialista em estradas deixadas
Pelas lesmas outro é ás em concertos
De sapos grilos cigarras experts
Em iluminações de pirilampos nos
Choros das horas com suas lágrimas
De serenos ou de orvalhos há algo
Mais importante do que um seguidor
De brisa? é o cara que não para a
Brisa pelo contrário vai é atrás
Dela o rastreador de formigas?
Conhece todas as trilhas mesmo
À léguas de distância chega
Certinho aonde as formigas têm
Que chegar inda há o interrogador
De calangos vai chover hoje? o
Homem como está? o calango só
Balança a cabeça naquilo ali já diz
Dum tudo tem também o que faz
Dueto com a cigarra o que ensina
Cachorro a latir em latim gato a
Miar em inglês de Miami vou
Aprender com as coisas antes de
Morrer não posso morrer assim
Sem saber de nada uma abelha
Tem muito a me ensinar

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