domingo, 9 de agosto de 2015

MIKIO, 165; BH, 0200502013; Publicado: BH, 090802015.

Sempre estaremos distantes uns
Doutros por desafeto ou por opção
Uma mínima rusga chega para
Encher a paciência quando a
Tolerância é insuportável a
Intolerância passa a ser a regra
Da nova ordem adotamos um
Semblante que mais parece um
Epitáfio andamos com ar de aqui
Jaz que toda reunião é um enterro
Todo almoço um féretro todo jantar
Um velório toda prosa uma elegia
Toda cama um ataúde tentar
Reaproximar ensaiar um contato
Pode terminar em crime de sangue
Sempre estaremos sombrios
Inatingíveis densos isto nos
Levará ao suicídio das nossas
Memórias mataremos nossas
Lembranças exterminaremos
Nossas saudades como mortos
Não sentiremos saudades uns
Doutros qual o ser humano que
Pode se referir a si próprio de vivo
Se não sentir saudades? preciso
Aprender isso preciso aprender a
Ser assim a me modernizar a
Deixar de sentir saudades de ter
Memórias lembranças recordações
Preciso deixar dessas bobagens ser
Um aqui jaz atualizado ser um ex-bem
Modernizado com um epitáfio bem
Fúnebre estampado no rosto
Paciência a distância me ensinará a
Companhia mais perfeita é a solidão
O remédio é a amnésia que faz o
Ex o aqui jaz a esquecer até de
Enterrar chorar pelos seus mortos

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