O ser mais morto que vi na minha
Vida foi quando olhei no espelho
Nunca havia olhado num espelho
Como olhei nesse dia olhei com
Agonia com ansiedade de morto
Com cansaço de corpo que tem
Que ser carregado ladeira acima
Olhei no espelho de noite
Do lado de dentro vi uma
Assombração um sobrenatural
Oculto que normalmente não
É visto por quem é vivo só
Por quem é morto o ser mais
Morto que vi na minha morte
Foi quando olhei no velho
Espelho do meu quarto era
Noite sem luar a luz do quarto
Não estava acesa senti medo
De mim fantasma sentir
Medo de alma penada cadáver
Em pânico? não são as revoluções
Dos vermes no banquete das carnes
Réquiem? não são os vermes
A furarem os ossos do esqueleto
Não sabes fazer nada? alguém
Perguntou-me detrás da porta
Para que saber nesta altura dos
Acontecimentos? desculpei-me
Como sempre por minhas inaptidões
Essa caneta de tinta de sangue?
Não é caneta é um pedaço de
Osso essa folha de papel? não
É folha de papel é um pedaço de
Pele fresca narrarei meu testamento
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