Levantei-me do chão como um tronco
Frondoso varão levantei-me do chão
Enraizado árvore de pau nobre esnobei
Pinho-de-riga cedro-do-líbano jacarandá
Peroba meu chão nutria-me de seiva real
Fértil senti-me revigorado plantado no
Meu torrão a fazer sombra no meu quintal
A embelezar meu terreiro atraía os mais
Diversos pássaros aos meus galhos
Ramados à minha folhagem rejuvenescida
Não quero outra terra se optar ser
Embarcação de quilha empinada de
Proa endereçada de popa reforçada
Os oceanos serão pequenos para mim
Navegador descobridor de continentes
Trarei nas velas Atlântidas nos porões
Especiarias nos sótões ideias infantes
Por liberdade navegarei nos mares de
Camões dos marinheiros bravios que
Em cada porto deixa um pedaço do
Coração a consolar um coração
Depois de conquistar o mundo
Conquistar as luas os sóis partirei a
Dominar os universos em todos os
Cantos meus frutos serão cantos nas
Bocas de todas as gentes abrigarei
Nômades ciganos viajantes de desertos
Seres errantes ao redor deste tronco donde
Os séculos nos observarão em contemplação
Nenhum comentário:
Postar um comentário