Procuro o que é que tira o homem do
Limbo da caverna do útero procuro
Saber o que faz o homem querer
Permanecer no útero na caverna
No limbo penso que a liberdade seja a
Mãe do homem a liberdade o move o
Envolve o acompanha por toda
A existência pela liberdade
O homem deve lutar até o fim
Dos seus dias quem vive no limbo
É fantasma quem vive na caverna
É o prisioneiro acorrentado quem
Vive no útero é o feto encruado
Criar casulo enraizar igual a um
Vegetal hibernar numa loca não
É o que nos pede a sabedoria não é
O que nos pede o conhecimento o
Saber ou o discernimento não é o
Que nos pede a percepção a luz
Que afasta o nosso medo o medo
Do homem de ser livre de ter liberdade
De atuar dentro dos princípios da
Ciência um dos princípios que rege
A vida do homem livre é vencer a
Covardia vencer os subterfúgios pois
Muitos para passarem-se por livre passam-se
Por loucos podemos ser livres sem
Precisarmos apelar à loucura é
Por isto que não sou um ser moderno
Sinto-me preso acorrentado aos
Conceitos das opiniões publicadas;
Sinto-me vegetal cosido ao muro do
Quintal olho os calangos olho os
Pardais ali sim entendo a liberdade
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