E nunca mais fiz amor com uma mulher
Dizia cheio de cauim e nunca mais amei uma
Mulher dizia afogado em uva e nunca mais
Beijei uma boca reclamava com a boca suja
De vômito ou acariciei um corpo de puta ou
Abracei uma mulher meretriz ou segurei
Uma mão duma quenga e nunca mais fui
Homem nem com uma travesti e nunca mais
Fui sexo e nunca mais fiz sexo nem nas
Sextas-feiras e mulher alguma me quis dizia
Com raiva e com rancor passou a ficar só e a
Viver só até o resto da vida e virar resto
Mortal e nunca mais e mais nunca nada e o
Sangue secou nas veias e a vida secou e sem
Amor destruiu tudo e não edificou nada e
Matou tudo pela falta de amor e matou a si
Próprio e se enterrou vivo a se apodrecer
Todo e não sentiu mais nada e não ficou
Mais livre e estigmatizou e se amaldiçoou e
Nunca mais foi gente e se fez gente e nunca
Mais será gente e bêbado praguejava o que
Pode fazer uma mulher num todo dum tudo
Dum homem e com ranço o que pode mudar
Uma mulher a não ser o transformar a nada.
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