Sentado na areia da praia
E olhava o mar
Que lambia o céu
E rasgava o ar
O vento empurrava
Pedaços de neblina
Misturados com brisa
E névoas leves
Que caíam de leve
Lá no último monte
E me encontrava sozinho
Meu amor foi para as estrelas
Foi morar no infinito
Foi morar no inexistente e
Nem anjos e nem demônios
Nada pode me ajudar
E olhava o mar
E o mar estava alegre
Tão alegre que queria engolir o ar
E o ar a correr do mar
Provocava o vento
E o vento empurrava pedaços de neblina
Neblina abençoada pela alegria do dia deles
E o horizonte os chamava pelos nomes
E todos meninos brincavam
E todos crianças estavam felizes
E todos se encontraram no horizonte
Escorregavam na brisa
E bebiam à beleza daquele dia
Triste para mim
Que destoava da paisagem
Tudo chamava o sol
O sol me viu e se envergonhou
E tornou a se esconder
Dei um sorriso amarelo para não chorar
Talvez meu amor esteja no horizonte
Talvez meu amor esteja no mar
E o vento notou a minha tristeza
Buscou mais retalhos de névoa
Para combinar com o meu dia
Para dar mais fundo ao meu dia triste
O vento parou depois
Que tudo serenou
A névoa leve parou
Parou o ar
Parou o mar
Que silêncio
Que dia macabro
Olhei para o firmamento
E vi um fantasma
Embebecido pela tristeza
Do meu peito
E a imagem do ectoplasma
Era a do meu amor
Não quero olhar para não chorar
Não quero ver para não sofrer
E me chamava
E me buscava
E me levou para o seio do mar.
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