Gritei para o silêncio da lua,
Que reinava na madrugada e o que é
Um grito mortal, diante do silêncio da
Imensidão imortal? perpétuo abismo?
Infinito despenhadeiro, onde se cai,
Num voo de sonho colossal? ó
Lua rainha do universo, o mais belo astro,
Que o caos pode gerir; nem o sol com o seu
Esplendor, apaga a sensualidade do luar;
O canto dum galo depravado soou ao
Longe, outro mais desvairado respondeu,
Era um xingatório escancarado, cada
Um com um palavrão no canto, mais
Felpudo do que o outro; enquanto a
Luz do luar passeia sobre as coisas
Dos quintais; e latidos de cachorros
Misturam-se com os sons que despertam
Os amores adormecidos nos fundos dos
Ouvidos e a afastar a sensação que
Carregamos de morrer todo dia.
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