Quando abri os olhos e vi-me separado
Da manada, a tresmalhar do resto do rebanho
Da manada, a tresmalhar do resto do rebanho
E tive medo de desmanar eternamente e
Não voltar mais e morrer solitário e só
Na solidão do meu coração; e chorei
Pelo meu desamamentar e sofri pelo
Desleitar precoce; por que tirar assim,
A mama de mim ainda? por que apartar-me
Do leite? desmamar-me inda tão criança e
Não crescido? veja, parece que vou desmaiar,
Algo irá fazer-me perder a cor, obscurecer
Os olhos e empalidecer a tez; irei até perder
Os sentidos, desmaiar e não fortalecer-me,
Irei desmalhar, ficarei branco, como se
Alguém, veio tirar as malhas de mim e não
Quero o meu fim, é cedo, confesso que
Ainda não vivi; não aprendi a ser feliz e
Se for para desmagnetizar-me, ou proceder a
Desmagnetização do meu, o tirar de mim o
Fluido magnético, o leite da vida e se
Acontecer a subtração das propriedades
Magnéticas, dalguma coisa que compõe-me,
Se parar a ação magnética será o desluzir-me,
O deslustrar-me e o apagar do brilho do meu
Olhar; será o deslustre, o tirar o lustre, o
Perder do vislumbrar, que guia-me ao
Maravilhar; ao fascinar sem perder a razão e
O raciocínio, só a violência, só a miséria e
Perder o medo da desgraça da covardia da
Injustiça, ao lutar pela justiça, cada vez mais
Deslumbrante, mas que a alguns não deslumbra
E a outros, ofusca; é o contraste do luxuoso,
Do esplêndido com o dia a dia da realidade nas
Nossas grandes cidades; por que não invertemos
O êxodo urbano? é só deslocar os desempregados,
Tirar do lugar onde estavam, que não tem empregos,
Desviar da sub-vida, afastar das áreas de riscos
E transferir para a segurança do emprego, a
Tranquilidade do campo; é transportar todos,
Igual transporta-se uma tropa, dum lugar
Para outro, num êxodo feliz, desde que a
Terra seja apta para plantar e morar.
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