Massageei o ego e suguei até a última
Gota, enfim o leite por terra derramei;
Depois veio o suor, suor denso, salgado
De sal grosso e logo, o sangue; sangue
Que foi a salvação, sangue doce, de
Mel, de vermelho de coração; e
Escravizada às minhas mãos e
Algemada aos meus punhos, bailarina
Acorrentada, no papiro de arroz, a
Pena sangrava apenas, seus derradeiros
Delírios: pegadas de pés em sapatilhas,
Pegadas fossilizadas, deixavam
Notas musicais no pentagrama;
Rodopios, pas de deux, saltos
Ornamentais, triplos, mortais e o
Cortejo da poesia, o poema poético
Ganha corpo de espírito, ganha
Alma de ser, entidade de ente, de
Névoas, neblinas, cerrações,
Fumaças, cânticos de cantigas de
Ninar, cantos gregorianos, de danças
Com o vento, de bailado com
Cisnes e patinadores, valsas com fadas e
Companhias; liberdade é o nome da
Terra santa, é o nome do solo sagrado,
Raiz de obra, vestígio de retina,
Costurada por linhas de cílios e
Fios de pestanas; peles de espumas
De nuvens azuis presas por linha
Do horizonte, de asas de borboletas,
De sonhos de mariposas.
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