Vomitei na tua boca a comida da tua boca
E o que comi da tua boca, regurgitei no
Fundo da tua garganta; e era comida de
Santos, bebidas de orgias de deuses,
Néctar, favos de mel, maná; dos teus
Céus jorravam estrelas prateadas; por
Muito tempo não pranteei, saciado,
Alimentado, regozijei de júbilo e até
Hosanei; e maravilha das maravilhas,
Maravilhado, a luz mais distante das
Distâncias, que antes turvava-me, agora
Ilumina-me e não mais cega-me pelos
Caminhos; e um dia, ao olhar teu olhar,
Poderei dizer que, vi as obras-primas
Das tuas vistas, as obras de artes que
São os teus olhos, na moldura clássica da
Tua face; teu rosto de gênio inda embala
O meu, como um berço onde ressona a
Criança amada; e nunca mais senti fome
De homem, fome de animal primata,
Fome de carne, de sangue, de fera; e
Nunca mais senti sede de água, sede de
Leite de mamífero; e abelha rainha,
Produzo mel de geleia real, própoles
E cera de qualidade para vedar os
Ouvidos aos cantos libidinosos das
Sereias, iaras, aos lamentos dos rios,
Riachos e regatos; e aos clamores das
Cachoeiras, cataratas e cascatas, das
Avalanches de pedras, que descem
Montanhas abaixo de dia e sobem
Montanhas acima de noite pois,
Muitas coisas acontecem enquanto
Dormimos feito mortos indigentes.
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