Ao continuar estas memórias dum esquizofrênico
Surtei hoje de manhã parti para cima do pai
Resistiu segurou-me com veemência aos
Gritos chegou mãe interferiu não
Chegamos a ir às vias de fato depois pai
Chegou perto de mim disse não somos mais
Amigos? não o respondi nada não falo tentei
Pegá-lo de novo pois sou psicopata
Mãe tornou a interferir entrei para o quarto
Escuro quarto escuro pois não gosto de manter
As janelas abertas nem a lâmpada acesa ou a
Porta aberta sentei no chão com a cabeça na
Cama de frente do ventilador pai
Veio falar comigo acariciou-me nas
Costas por dentro da camiseta o repeli
Pois sou autista gosto de permanecer sozinho
Mãe saiu estava com receio quis que
Pai fosse ao supermercado para porém
Pai disse que iria ficar que poderia ir
Que não bateria em mim nem reagiria com
Violência ontem também surtei quebrei a
Garrafa térmica de café oguei o açucareiro no
Chão o pacote de pão de forma tudo que
Estava em cima da mesa não sei porque sou
Assim das outras vezes já quebrei vários
Ventiladores controles de televisões celulares
Monitores de computadores vidros de
azeites mel
Penso que talvez seja por causa da
Síndrome que fico incontrolável viro um
Furacão dentro de casa um dia o portão
Estava destrancado saí para a rua ainda bem
Que sentei no meio fio não fui atropelado
Quase não tenho noção do mundo exterior sou
Um prisioneiro da caverna de Platão que não
Pode ser libertado não tenho interesse por nada
Do universo ou pela vida ou pela morte tenho
Um medo muito grande um pânico absoluto
Tudo por neurose crônica insanidade mental
Não sei entender as coisas às vezes me pego a
Chorar sozinho sem saber os motivos grito mais
Do que um louco a incomodar os vizinhos já
Tivemos até que mudar de casa uma vez devido
Aos meus gritos de lobisomen uivos de licantropo
Pai veio ao meu quarto me perguntar se
Queria água respondi negativamente a menear a
Cabeça insistiu repeti voltou à cozinha
Bebeu água encheu o filtro a agueira que fica
Na geladeira agora penso que estou calmo comi
Alguns pedaços de mamão pois tenho sentido
Dificuldades de fazer cocô é um verdadeiro cabo
De guerra a força que faço para o troço sair olho
Para o vaso é um bitelo dum marinheiro a boiar
Imagino como posso cagar tal coisa porém depois
De quase dois dias sem fazer cocô o troço é grande
Duro mesmo que chega a me machucar só falta
Rasgar o meu rabo puta que me pariu desculpa
Mãe ainda bem que mãe nunca vai
Ler as recordações destas memórias deste
Esquizofrênico pai como é mais chegado às
Leituras gosta dumas literaturas talvez um dia
Venha a ler estes manuscritos porém tenho lá as
Minhas dúvidas pai é muito doido também
Bebe demais come demais tem pressão alta
Açúcar no sangue as pernas etão roxas doídas
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